Democracias incompletas: El caso de Brasil

Maria do Socorro Sousa Braga, Gustavo Muller, Marcus Corrêa Rodrigues

Resumen


El artículo pretende analizar si, tras 30 años de la actual democracia brasileña, las instituciones políticas serán lo suficientemente resistentes como para afrontar las consecuencias de un gobierno autoritario elegido en medio de una profunda crisis de representación. En otras palabras, ¿se trataría de un giro hacia una democracia antiliberal? A partir de un análisis de coyuntura, trazamos una cronología de circunstancias –transición del régimen autoritario, insatisfacción popular, elecciones críticas de 2018 como momento de agotamiento de la Nueva República, dinámica de la disputa partidaria– que confluyeron al ascenso de fuerzas de ultraderecha, elegidas en el marco de un régimen democrático. Se analizan los datos referidos a la percepción pública sobre las instituciones, los resultados electorales y el desempeño de los partidos tradicionales en los últimos ciclos electorales (elecciones generales de 2018 y municipales de 2020). Concluimos que el crecimiento de los partidos de centroderecha en las elecciones municipales de 2020 indica que – a pesar de la corrección analítica de la literatura sobre la posibilidad de corrosión interna de las democracias por el neopopulismo nacionalista – la tesis relativa a los gobernantes incidentales tiene fuertes indicios de mostrarse en Brasil.


Palabras clave


democracia brasileña, gobierno de Bolsonaro, sistema de partidos, retroceso democrático, reajuste electoral, elección crítica

Texto completo:

PDF (English)

Referencias


Albertus, M. & Menaldo, V. (2018). Authoritarianism and Elite Origins of Democracy. USA: Cambridge University Press.

Abranches, S. (2020). O tempo dos governantes incidentais. São Paulo: Companhia das Letras.

Braga, M. S. S. (2010). Eleições e democracia no Brasil: a caminho de partidos e sistema partidário institucionalizados. Revista Brasileira de Ciência Política, no. 4, pp. 43–73.

Carreirão, Y. S. (2014). O sistema partidário brasileiro: um debate com a literatura recente. Revista Brasileira de Ciência Política, no. 14, pp. 255–295.

Chirio, M. A (2012). A política nos quarteis. Rio de Janeiro: Zahar.

Dahl, R. A. (1997). Poliarquia: participação e oposição. São Paulo: Editora Universidade de São Paulo.

Diniz, E. (1997). Crise, reforma de Estado e governabilidade. Rio de Janeiro: FGV.

Eatwell, R. & Goodwin, M. (2020). Nacional-populismo – a revolta contra a democracia liberal. Rio de Janeiro: Record.

Figueiredo, A. Cheibub & Limongi, F. (1999). Executivo e Legislativo na Nova Ordem Institucional. São Paulo: FAPESP/FGV.

Huntington, S. P. (1994). A terceira onda: A democratização no final do século XX. São Paulo: Attica.

Hagopian, F. (1996). Traditional Politics and Regime Chance in Brazil. Cambridge/New York: Cambridge University Press.

Krause, S., Machado, C. & Miguel, L. F. (2017). Coligações e disputas eleitorais na Nova República. Aportes teórico-metodológicos, tendências e estudos de caso. São Paulo: Unesp, Konrad Adenauer Stiftung.

Levitsky, S. & Ziblatt, D. (2018). How Democracies Die. New York: Crown.

Limongi, F. & Cortez, R. (2010). As eleições de 2010 e o quadro partidário. Novos Estudos – CEBRAP, vol. 88, pp. 21–37.

Linz, J. (1978). The Breakdown of Democratic Regimes: Crisis, Breakdown and Reequilibration. Baltimore: John Hopkins.

Mainwaring, S., Meneguello, R. & Power, T. (2000). Partidos Conservadores no Brasil Contemporâneo: Quais são, o que defendem, quais são suas bases. São Paulo: Paz e Terra.

Meneguello, R. (1998). Partidos e Governo no Brasil Contemporâneo: (1985–1997). São Paulo: Paz e Terra.

Melo, C. R. (2004). Retirando as cadeiras do lugar: migração partidária na Câmara dos Deputados: (1985–2002). Belo Horizonte: Ed. UFMG.

Nicolau, J. (2020). O Brasil dobrou à direita: uma radiografia da eleição de Bolsonaro em 2018. Rio de Janeiro: Zahar.

O’Donnell, G. (1982). Notas para el estudio de procesos de democratización política a partir del estado burocrático-autoritario. Desarrollo económico, vol. 22, no. 86, pp. 231–248.

Power, T.J. & Rodrigues-Silveira, R. (2019). The Political Right and Party Politics. In B. Ames, Routledge Handbook of Brazilian Politics (pp. 251–268). New York: Routledge.

Przeworski, A. (1982). Crises da democracia. Rio de Janeiro: Zahar.

Sartori, G. (1982). Partidos e sistemas partidários. Brasília: UnB.

Santos, F. (2003). O Poder Legislativo no Presidencialismo de Coalizão. Belo Horizonte: Ed. UFMG; Rio de Janeiro: IUPERJ.

Schumpeter, J. A. (1961). Capitalismo, socialismo e democracia. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura.

Smith, A. E. (2020). Covid vs. Democracia – A cartilha populista brasileira. Journal of Democracy em Português. vol. 9, no. 2, pp. 103–127.

Souza, Maria do Carmo Campello de. (1988). A Nova República brasileira; sob a espada de Dâmocles. In A. Stepan, Democratizando o Brasil. Rio de Janeiro: Paz e Terra.

Sponholz, L. & Christofoletti, R. (2019). From preachers to comedians: Ideal types of hate speakers in Brazil. Global Media and Communication, vol. 15, no. 1, pp. 67–84.

Tarouco, G.S. (2010). Institucionalização partidária no Brasil (1982–2006). Revista Brasileira de Ciência Política, no. 4, pp. 169–186.

Zakaria, F. (1997). The Rise of Illiberal Democracy. Foreign Affairs, vol. 76, no. 6.




DOI: http://dx.doi.org/10.17951/al.2021.11.19-41
Date of publication: 2021-11-05 00:24:18
Date of submission: 2021-11-04 23:50:22


Estadísticas


Visibilidad de resúmenes - 1360
Downloads (from 2020-06-17) - PDF (English) - 817

Indicadores



Enlaces refback

  • No hay ningún enlace refback.


Copyright (c) 2021 Maria do Socorro Sousa Braga, Gustavo Muller, Marcus Corrêa Rodrigues

Licencia de Creative Commons
Este obra está bajo una licencia de Creative Commons Reconocimiento 4.0 Internacional.